Isso só pode ser piada, Cruzeiro aciona Grêmio por cantos homofónicos da torcida Gremista -
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Isso só pode ser piada, Cruzeiro aciona Grêmio por cantos homofónicos da torcida Gremista

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    No fim da tarde desta terça-feira, o Cruzeiro procurou o (STJD) denunciando homofóbicos da torcida do Grêmio, durante partida deste domingo. O Cruzeiro enviou o ofício um dia após o Grêmio acionar o STJD por gritos preconceituosos de parte da torcida celeste, no Independência.

    O Grêmio envio oficio cobrando o STJD pelos cantos homofóbicos e o Cruzeiro fez a mesma coisa em menos de 24h.

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    O Tricolor Gaúcho informou através de uma nota oficial que aguarda punição aos responsáveis, STDJ ainda não se manifestou.

    Está circulando nas redes sociais vídeos da torcida Gremista se direcionando a torcida Cruzeirense, possíveis cantos homofóbicos, diante disso o Cruzeiro enviou um oficio.

    De acordo com o fundador do grupo Yuri Sena a notificação ainda não foi formalizada citando cantos dos torcedores Cruzeirenses

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    “Nosso objetivo é que os órgãos sejam sempre justos e cumpram a determinação do próprio STJD sobre atos lgbtfobicos nos estádios. Mas, mais do que a punição, a gente quer que os órgãos e clubes façam ações preventivas e educativas, para que cada vez menos tenhamos que corrigir os erros.” – disse Yuri

    No fim da tarde desta terça-feira, o Cruzeiro formalizou uma denúncia ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra atos homofóbicos praticados por parte da torcida do Grêmio durante a partida disputada no último domingo. A ação ocorre pouco tempo depois do próprio Grêmio ter acionado o mesmo órgão por gritos preconceituosos direcionados à torcida celeste durante o jogo realizado na Arena Independência, em Belo Horizonte.

    Esses episódios revelam uma problemática que ainda persiste no futebol brasileiro: a presença de manifestações homofóbicas, racistas e preconceituosas dentro e fora dos estádios, que afetam diretamente o ambiente esportivo, a integridade dos torcedores e a imagem dos clubes.


    O contexto da denúncia do Cruzeiro ao STJD

    Segundo informações oficiais, o Cruzeiro encaminhou o ofício ao STJD apenas um dia depois que o Grêmio protocolou sua queixa, demonstrando que a troca de acusações entre as torcidas não se restringe ao campo, mas invade o âmbito jurídico e disciplinar do futebol.

    A denúncia do Cruzeiro cita cantos e atos homofóbicos de parte da torcida gremista durante o jogo de domingo, apontando para uma atitude grave que fere princípios de respeito, igualdade e inclusão. O clube mineiro espera que o tribunal aplique as punições previstas no regulamento para coibir essas práticas.


    A resposta do Grêmio e a cobrança por punições

    Em nota oficial, o Grêmio informou que aguarda o posicionamento do STJD quanto às denúncias feitas e reforçou o compromisso do clube no combate a qualquer tipo de discriminação. O Tricolor gaúcho enfatiza que espera que os responsáveis pelos atos homofóbicos sejam punidos de acordo com as regras vigentes.

    No entanto, até o momento, o STJD ainda não se manifestou oficialmente sobre os dois casos, deixando a expectativa dos clubes, torcedores e da sociedade civil em suspenso.


    A circulação dos vídeos e a repercussão nas redes sociais

    Nas redes sociais, circulam vídeos que mostram supostos cantos homofóbicos direcionados pela torcida gremista à torcida do Cruzeiro durante o confronto. Esses registros têm alimentado debates acalorados e levantado o questionamento sobre a necessidade urgente de medidas efetivas para coibir esse tipo de comportamento.

    As redes sociais, ao mesmo tempo em que expõem esses problemas, servem como palco para denúncias, cobranças e mobilizações sociais, ampliando o alcance das discussões sobre o racismo, a homofobia e a intolerância no futebol.


    A declaração do fundador do grupo Yuri Sena

    Yuri Sena, fundador de um grupo que atua no combate à homofobia nos estádios, comentou sobre o episódio afirmando que ainda não houve uma notificação formal citando cantos homofóbicos de torcedores cruzeirenses, mas destacou a importância do processo como um todo.

    “Nosso objetivo é que os órgãos sejam sempre justos e cumpram a determinação do próprio STJD sobre atos lgbtfóbicos nos estádios. Mas, mais do que a punição, a gente quer que os órgãos e clubes façam ações preventivas e educativas, para que cada vez menos tenhamos que corrigir os erros”, ressaltou Yuri.


    A importância do STJD no combate à homofobia no futebol

    O Superior Tribunal de Justiça Desportiva é o órgão responsável por julgar infrações disciplinares dentro do esporte brasileiro, e sua atuação é fundamental para manter a integridade e o respeito dentro das competições.

    Nos últimos anos, o STJD tem reforçado suas normativas e penas relacionadas a atos discriminatórios, buscando punir clubes, torcedores e até atletas que pratiquem ou incentivem atitudes preconceituosas.

    A efetividade das ações do tribunal depende não apenas da aplicação das penalidades, mas também da adoção de políticas preventivas que eduquem torcedores e diminuam a incidência de ocorrências.


    O histórico recente de episódios homofóbicos no futebol brasileiro

    Infelizmente, a homofobia nos estádios brasileiros não é um problema novo. Diversas situações envolvendo cantos ofensivos, provocações e até agressões foram registradas ao longo das últimas temporadas.

    Clubes de diversas divisões e regiões do país já enfrentaram processos disciplinares por conta desses atos, o que demonstra que o combate ao preconceito ainda precisa ser prioridade nas gestões esportivas.

    Além disso, torcedores, movimentos sociais e instituições ligadas aos direitos humanos têm intensificado campanhas para conscientizar o público sobre o impacto dessas manifestações e promover a cultura do respeito e da diversidade.


    O impacto para as torcidas e a cultura do futebol

    As torcidas organizadas são uma das partes mais apaixonadas e engajadas do futebol, mas também podem ser palco de comportamentos nocivos quando manifestações preconceituosas são legitimadas ou ignoradas.

    O enfrentamento da homofobia passa pela responsabilização dos grupos e pela transformação cultural que envolva não apenas punições, mas também ações educacionais, palestras, campanhas e envolvimento dos próprios torcedores na construção de um ambiente saudável.


    A repercussão na mídia e na opinião pública

    A denúncia cruzada entre Cruzeiro e Grêmio atraiu atenção da mídia esportiva e dos veículos de comunicação geral, colocando o foco no debate sobre o racismo e a homofobia no futebol.

    Especialistas em direito esportivo, jornalistas e lideranças sociais têm chamado atenção para a necessidade urgente de uma postura firme dos órgãos responsáveis, e reforçam que o futebol pode ser uma plataforma poderosa para promover inclusão e respeito.


    Caminhos para a prevenção e a educação

    Como salientou Yuri Sena, mais do que punir, o objetivo deve ser prevenir. Nesse sentido, clubes, federações, confederações e órgãos como o STJD precisam trabalhar em conjunto para implementar programas educativos.

    Esses programas podem incluir treinamentos para torcedores, campanhas nas redes sociais, parcerias com ONGs, formação de multiplicadores e a promoção de ações que valorizem a diversidade dentro do esporte.


    O papel dos clubes na transformação

    Clube como o Cruzeiro e o Grêmio têm grande responsabilidade nesse processo, pois representam instituições com milhares de torcedores e grande influência social.

    A postura oficial, como a emissão de notas e o acionamento do STJD, é importante, mas ações efetivas dentro das arenas — como campanhas visuais, incentivos à denúncia e criação de ambientes seguros — são fundamentais para consolidar uma cultura de respeito.


    Conclusão: o futebol brasileiro diante do desafio

    Os episódios envolvendo as torcidas do Cruzeiro e do Grêmio e as denúncias apresentadas ao STJD são um reflexo da luta contínua contra a homofobia no esporte brasileiro.

    Apesar dos avanços, ainda há muito caminho a percorrer para que os estádios se tornem espaços verdadeiramente inclusivos e livres de qualquer tipo de preconceito.

    O momento atual exige uma resposta firme dos órgãos competentes, dos clubes e dos próprios torcedores para que o futebol, que é paixão nacional, possa ser também um exemplo de respeito, diversidade e união.

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